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Intercâmbio entre coletivos indígenas promove troca de experiências de proteção dos povos isolados da Amazônia brasileira

Encontro ocorreu na TI Kaxinawá do Rio Humaitá, no Acre
Encontro ocorreu na TI Kaxinawá do Rio Humaitá, no Acre

Publicado por Opi

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Encontro ocorreu na TI Kaxinawá do Rio Humaitá, no Acre

Durante os dias 3 a 7 de maio de 2023 aconteceu o Intercâmbio entre Coletivos Indígenas de Vigilância e Monitoramento para Proteção dos Povos Isolados da Amazônia Brasileira na TI Kaxinawá do Rio Humaitá. O intercâmbio de experiências entre coletivos indígenas de vigilância e monitoramento territorial promoveu o debate entre comunidades, organizações e especialistas indígenas sobre as diversas estratégias, ações e políticas existentes para a proteção dos povos isolados na Amazônia brasileira na atualidade. O fortalecimento dessas iniciativas é fundamental para a garantia das políticas públicas dos povos isolados e de recente contato no Brasil. 

O encontro foi realizado pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira – Coiab, Associação dos Povos Indígenas Kaxinawá do Rio Humaitá – ASPIRH, Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato – Opi, Comissão Pró-Índio do Acre – CPI-Acre e contou com parcerias com a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari – Univaja, Centro de Trabalho Indigenista – CTI, Fundação Nacional dos Povos Indígenas – Funai e Secretaria da Saúde Indígena –  Sesai. Participaram lideranças  dos povos indígenas Huni Kuin, Manxineru, Apurinã, Shanenawa, Kaxarari, Amondawa, Uru Eu Wau Wau (Jupaú), Tupari, Marubo, Matis, Kanamari e Matses, todos moradores de terras com presença de isolados.

Ao final do intercâmbio foram formados cinco grupos temáticos de trabalho, a fim de formularem propostas e encaminhamentos das principais questões discutidas, levantando alguns pontos importantes para o debate e o conhecimento da sociedade em geral e dos órgãos de Estado:

Grupo 1: Protocolo de segurança, plano de contingência e segurança alimentar

Grupo 2: Uso de tecnologias, fluxo de informação e salvaguardas

Grupo 3: Produção de conhecimento e estratégias de educação/informação nos entornos

Grupo 4: Articulação binacional Brasil-Peru e como fazer incidência política nos dois governos 

Grupo 5: Reconhecimento do protagonismo indígena para o fortalecimento da FUNAI e da SESAI.

Também foi elaborado e redigido em conjunto um documento final do Intercâmbio, que pode ser conferido na íntegra a seguir. 

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